Origem da Igreja Matriz da Paróquia de Nossa Senhora do Rosário


Na bela cidade do centro-oeste de Minas Gerais, Bom Despacho, um menino de três anos e meio de idade, filho do Dr. Fúlvio Queiroz Cardoso e Dona Alice Cardoso, brincava com os seus irmãozinhos perto de uma cisterna de dezoito metros de profundidade com cinco metros de água.
A empregada, servindo o almoço no terreiro, colocou o garoto José Fúlvio em cima da tampa da cisterna, dando-lhe de comer.
Em dado momento, enquanto a moça precisou voltar à cozinha, o pequeno menino que estava sentado em cima da cisterna veio a cair dentro dela com a tampa que, estando já apodrecida se desprendeu, ficando a criança e a madeira boiando sobre a água.
A empregada, voltando e ouvindo o menino gritar, lá de baixo: -“papai, mamãe”, correu para a mãe comunicando-lhe o desastre. A mãe quase enlouqueceu, e na sua aflição gritou: -“Nossa Senhora do Rosário, por alma de Padre Eustáquio, salvai o meu menino! Padre Eustáquio, Padre Eustáquio, não deixe o meu menino morrer! Ele traz a sua relíquia na roupinha, padre Eustáquio; salvai meu José Fúlvio!”
Os gritos da mãe alarmaram a vizinhança, e o terreiro encheu-se de gente. Mas, que é o que se podia fazer?... Quem salvaria o menino de um poço de dezoito metros e escuro como breu? Andaram de lá para cá, sem nada fazer. Nisto chegaram o pai Dr. Fúlvio e seu irmão, o Sr. Belchior de Queiroz Cardoso.
O pai, como os demais, descontrolou-se por completo, gritando por uma escada.  Mas escada de dezoito metros?... Ouvindo que o choro da criança continuava o senhor Belchior correu até a Fábrica de Tecidos para buscar uma corda bem grande e, amarrando-a no sarilho, num ímpeto de coragem que ele mesmo não soube explicar, tirou o paletó, agarrou a corda que pendia no centro e escorando os pés nas paredes, desceu cautelosamente até o fundo da cisterna. Não levou luz alguma, mas orientou-se pelo choro do menino. Agarrou o garoto, envolveu-lhe a corda em redor do corpo e, tomando-o assim no braço esquerdo, empreendeu a subida difícil, puxando com a mão direita a corda e procurando com os pés os vãos de apoio.
Quando chegou em cima, imaginem a alegria da família e a admiração dos circunstantes. O menino, que ficara boiando até que o tio o apanhasse, não teve nenhum arranhão.
-“Milagre de padre Eustáquio e de Nossa Senhora do Rosário!” - gritaram todos.
Depois do menino tomar banho, os pais levaram-no, imediatamente, a um consultório médico para tirar várias radiografias. Tudo estava perfeitamente bem.
-“Foi a relíquia do padre Eustáquio, a medalha benta por ele e a minha fé em Nossa Senhora do Rosário que protegeram o meu menino, não deixando que ele se afogasse e saísse ileso da queda. É um milagre e dos maiores.”
E como agradecimento por tão grande graça recebida, Dona Alice fez a intenção de construir uma Igreja em homenagem a Nossa Senhora do Rosário. Intenção esta que foi cumprida algum tempo depois com a ajuda da população. 

ELA É HOJE A IGREJA MATRIZ DA PARÓQUIA DE NOSSA SENHORA DO ROSÁRIO...




 
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